26 de ago. de 2013

QUE BOM SERIA...

INTERNET WI-FI GRÁTIS

A possibilidade de Poço Branco contar com pontos de acesso a internet sem fio, as chamadas redes Wi-Fi, poderá se tornar realidade mais cedo do que se imagina. A ideia e o projeto estão amadurecendo na mente de três idealizadores que, em conversa com o Blog, preferiram o anonimato para evitar possíveis constrangimentos e comprometimentos antecipados. Eles garantem que, principalmente por causa do acesso cada vez maior por celular, tablet, Smartphone e dispositivos portáteis de uma forma geral, o Wi-Fi será a alternativa mais viável e sensata para o futuro – ainda mais sendo totalmente gratuito.

Recentes pesquisas mercadológicas mostram que o tradicional PC (residencial) está em baixa e que o público virtual estar adotando os dispositivos portáteis como opção de trabalho, lazer, estudo, etc. Elas também revelaram que o padrão Wi-Fi é essencial para o crescimento de acessos, pois qualquer dispositivo habilitado pode funcionar em qualquer lugar do mundo. Porém, e para variar, no Brasil a legislação ainda exige uma licença da ANT para operar este sistema comercialmente, mas esta é uma realidade que deve cair por terra em pouco tempo - até por força impositiva do próprio mercado.

Atualmente, vários locais públicos (como clínicas, aeroportos, lojas, supermercados, restaurantes, hotéis, escolas, faculdades, etc.) estão aderindo ao Wi-Fi como opção de acesso para seus clientes e usuários. Primeiro, pela praticidade; depois, pela própria exigência de quem utiliza a internet constantemente. Outra prova do sucesso do Wi-Fi é que algumas operadoras de telefonia móvel estão investindo pesado visando ampliar seus ganhos empresariais futuros.

Em Poço Branco, o conceito de uma rede Wi-Fi inicial é modesto. A intenção dos idealizadores é tentar formar parcerias entre os setores público e privado como fomentadores naturais do projeto, o que trará resultados e ganhos para as duas partes. A força da internet como ferramenta de venda, inclusão, informação, propaganda, interação, lazer e até na política foi muito menosprezada no passado (numa época em que ninguém acreditava que tantos poço-branquenses pudessem acessar a internet de casa ou de um dispositivo portátil). Mas essa realidade mudou bastante nos últimos sete anos, por exemplo...

Poço Branco ainda está longe de ser um município 100% incluído digitalmente, sabendo que a maioria de sua população não tem acesso à internet e os que possuem reclamam bastante da lentidão e da falta de constância de seus provedores... Hoje, não é fácil estimar quantas pessoas em Poço Branco estão conectadas a rede mundial de computadores. O que podemos garantir é que esse número aumentará bastante tendo um sistema Wi-Fi bem projetado, em dois ou três pontos da cidade”, garante um dos idealizadores.

Outro pensador da ideia analisa que, atualmente, falar em uma rede sem fio para toda a cidade ou o município é uma grande heresia e hipocrisia. “O custo para colocar uma intenção dessas em prática, e mantê-la funcionando, é tão alto que nem daria nem pra arriscar uma estimativa agora. Mas a criação de pontos Wi-Fi específicos é perfeitamente possível, tanto que estamos tomando as medidas necessárias para que ninguém copie nossa ideia e saia na frente... Tudo está sendo pensado e analisado da melhor forma para dar certo”, ponderou outro idealizador.

Que bom seria...

WI-FI DE ABRANGÊNCIA MUNICIPAL

No início dos anos 2000, muitas cidades ao redor do mundo anunciaram planos para construir redes Wi-Fi com total abrangência em seus territórios. Surgiram muitos exemplos de sucesso e também outros tantos de frustração... Em 2004, Mysore tornou-se a primeira cidade com Wi-Fi disponível da Índia e a segunda do mundo, depois de Jerusalém (Israel). Em 2005, Sunnyvale, na Califórnia (EUA), tornou-se a primeira cidade americana a oferecer acesso Wi-Fi gratuito a toda cidade. Já em maio de 2010, a capital da Inglaterra (Londres) iniciou o processo de levar banda larga Wi-Fi a toda cidade e concluiu essa distribuição no início do corrente ano.

Até o final de 2015, a capital da Coréia do Sul (Seul) contará com acesso gratuito à internet em mais de dez mil pontos da cidade, incluindo espaços públicos, ruas principais e áreas residenciais densamente povoadas. Lá, três empresas (KT, LG Telecom e SK Telecom) investirão 44 milhões de dólares no projeto. E New York (EUA) já distribui gratuitamente o sinal Wi-Fi para grande parte da cidade, assim como em outras grandes e médias cidades do mundo.

No Brasil, segundo recente estudo do IBGE, somente 13% das cidades oferece aos seus habitantes pontos com Wi-Fi de graça, num total de 744 municípios. Mas os exemplos que, efetivamente, deram certo são poucos e esse acesso é normalmente limitado a parques, praças e regiões centrais. Grande parte dessas cidades só possui o Wi-Fi em alguns bairros, isolando outras regiões dos municípios – geralmente os maiores bolsões de pobreza.

Em quase todas as regiões em que o Wi-Fi é fornecido, ele possui o sinal blindado por questões de segurança, já que muitas prefeituras e empresas parceiras temem responder na justiça pelo uso ilícito da rede que algumas pessoas possam fazer. Para utilizar o Wi-Fi nessas cidades, quase sempre é necessário fazer um cadastro no momento dos acessos – o que quase não ocorre no exterior, mas no Brasil é preciso.

No RN, o número de municípios que aderiram a algum programa de inclusão digital é grande (90%). Contudo, os que implantaram redes Wi-Fi gratuitas é pequeno. Há notícias de que, além da capital, apenas algumas cidades disponibilizaram o serviço: Parnamirim, Riacho da Cruz, Olho D’água dos Borges e, mais recentemente, o município de José da Penha - que implantará o programa com acesso Wi-Fi grátis nas principais praças da cidade.

Que bom seria...

Um comentário:

Galdino disse...

Em poço branco duvido muito. Galdino.