CRIME BÁRBARO
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PM agiu a tempo de evitar o linchamento do acusado |
A tarde da última
quarta-feira (16) mudou a rotina da sede do município de Poço Branco. O fato
que surpreendeu toda a comunidade foi a denúncia de um suposto estrupo cometido
contra uma criança de quatro anos. Informada do ocorrido, a PM local, comandada
pelo Sgto. Batista, realizou diligências no sentido de prender o acusado do
fato, Francisco Canindé Alexandre da
Silva (22), mais conhecido por “Painho
de Sandrinha”.
O fato policial
quebrou o convívio pacífico na comunidade poço-branquense. Segundo relatos da
PM local, o acusado por pouco não foi linchado por populares, numa atitude de
muita revolta e desejo de “fazer justiça com as próprias mãos”. O Sgto. Batista
confirmou ao repórter Evanuel Ataliba (João Câmara) que o acusado negou a
autoria do delito, mas que um exame médico e o depoimento da mãe da criança o
levavam a acreditar na autoria do crime pelo acusado.
Vídeo: repórter Evanuel Ataliba.
CARNAVAL 2013
ASSUNTO CONTINUA SENDO O MAIS DEBATIDO NAS RUAS DA CIDADE E NA INTERNET
ASSUNTO CONTINUA SENDO O MAIS DEBATIDO NAS RUAS DA CIDADE E NA INTERNET
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Distrito do Contador terá Carnaval independente da sede |
Sem poder contar
com a estrutura pública, há vinte anos organizada e patrocinada pela Prefeitura
Municipal, o folião poço-branquense começou a buscar alternativas para não
deixar o Carnaval local perder o espaço e o reconhecimento regional que vem ganhando
nos últimos anos.
Tradicionais foliões e blocos carnavalescos da cidade estão tentando se organizar em busca de parcerias e soluções que possam substituir a ausência de shows ao ar livre e a estrutura de som e palco de anos atrás. A maior dificuldade em encontrar essa alternativa está nos custos elevados para esses fins, o que não estava nos planos dos blocos e dos foliões.
Em uma rede social, alguns foliões estão expressando suas opiniões e demonstrando claramente o grau de dúvida e preocupação com os encaminhamentos que a festa tomará sem a contribuição financeira do erário público. Ainda são poucos, mas a ideia de um deles é tentar reunir todos os envolvidos no processo, inclusive o prefeito e vereadores, para buscar uma alternativa que possa dar algum suporte a folia poço-branquense desse ano, evitando que cada bloco ou grupo de foliões acabe isolado e fazendo sua folia de forma individual e em locais distintos.
O argumento dos diretores dos blocos, por exemplo, é que esse tipo de festa precisa de aglomeração/concentração organizada de pessoas para dar a impressão da grandiosidade do evento. Os blocos respondem por grande parte dos foliões locais e também alegam que não estão preparados para arcar com outras despesas, como o pagamento de estruturas de som e shows de artistas. Outra preocupação comum é a confirmação da desistência de alguns grupos de visitantes que parecem dispostos a procurar outros itinerários carnavalescos.
O IMPEDIMENTO
Em 2013, o decreto estadual nº 23.037 (09/10/2012) e a recomendação conjunta do Ministério Público de Justiça (MPJ) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE) fizeram o raio de participação da Prefeitura Municipal de Poço Branco no Carnaval local ficar restrito ao apoio médico, de limpeza e operacional da festa. Por força dessas leis, a Prefeitura de Poço Branco não poderá custear os shows e toda estrutura física da festa (palco, trios, banheiros públicos, etc.) – o que sempre foi o diferencial em uma cidade que não possuía Carnaval e Festa de Emancipação Política ao ar livre e de forma gratuita para o povo.
O decreto estadual e a recomendação conjunta para não utilizar recursos públicos nas festas de Carnaval (e em outras datas importantes de 138 municípios do Estado) pôs fim a uma tradição de 21 anos que é motivo de orgulho do povo de Poço Branco, um patrimônio e uma conquista do município que não foi fácil de alcançar e que corre risco de perder força.
Ainda assim, cabe esclarecer que Poço Branco terá o seu Carnaval de Rua normalmente: apenas não contará com uma organização padronizada, uma vez que o erário público não poderá contribuir financeiramente. Entretanto, os temores de tradicionais foliões são muitos em função dessa mudança. Dentre eles estão a incerteza em contar com um local dedicado/estruturado para abrigar os foliões e a provável desistência de vários deles em vir ao município.
Dentre outros motivos apresentados ao TCE e ao MPJ, a Prefeitura de Poço Branco alegou que havia realizado todas as ações necessárias ao combate à seca; que o Carnaval local é gerador de divisas e impactos positivos na economia; que a folia não compromete as finanças municipais e que, sobretudo, a maioria de sua população habita o meio urbano (53%) e que nem toda área rural (47%) passa por falta de água constante.
Tradicionais foliões e blocos carnavalescos da cidade estão tentando se organizar em busca de parcerias e soluções que possam substituir a ausência de shows ao ar livre e a estrutura de som e palco de anos atrás. A maior dificuldade em encontrar essa alternativa está nos custos elevados para esses fins, o que não estava nos planos dos blocos e dos foliões.
Em uma rede social, alguns foliões estão expressando suas opiniões e demonstrando claramente o grau de dúvida e preocupação com os encaminhamentos que a festa tomará sem a contribuição financeira do erário público. Ainda são poucos, mas a ideia de um deles é tentar reunir todos os envolvidos no processo, inclusive o prefeito e vereadores, para buscar uma alternativa que possa dar algum suporte a folia poço-branquense desse ano, evitando que cada bloco ou grupo de foliões acabe isolado e fazendo sua folia de forma individual e em locais distintos.
O argumento dos diretores dos blocos, por exemplo, é que esse tipo de festa precisa de aglomeração/concentração organizada de pessoas para dar a impressão da grandiosidade do evento. Os blocos respondem por grande parte dos foliões locais e também alegam que não estão preparados para arcar com outras despesas, como o pagamento de estruturas de som e shows de artistas. Outra preocupação comum é a confirmação da desistência de alguns grupos de visitantes que parecem dispostos a procurar outros itinerários carnavalescos.
O IMPEDIMENTO
Em 2013, o decreto estadual nº 23.037 (09/10/2012) e a recomendação conjunta do Ministério Público de Justiça (MPJ) e do Tribunal de Contas do Estado (TCE) fizeram o raio de participação da Prefeitura Municipal de Poço Branco no Carnaval local ficar restrito ao apoio médico, de limpeza e operacional da festa. Por força dessas leis, a Prefeitura de Poço Branco não poderá custear os shows e toda estrutura física da festa (palco, trios, banheiros públicos, etc.) – o que sempre foi o diferencial em uma cidade que não possuía Carnaval e Festa de Emancipação Política ao ar livre e de forma gratuita para o povo.
O decreto estadual e a recomendação conjunta para não utilizar recursos públicos nas festas de Carnaval (e em outras datas importantes de 138 municípios do Estado) pôs fim a uma tradição de 21 anos que é motivo de orgulho do povo de Poço Branco, um patrimônio e uma conquista do município que não foi fácil de alcançar e que corre risco de perder força.
Ainda assim, cabe esclarecer que Poço Branco terá o seu Carnaval de Rua normalmente: apenas não contará com uma organização padronizada, uma vez que o erário público não poderá contribuir financeiramente. Entretanto, os temores de tradicionais foliões são muitos em função dessa mudança. Dentre eles estão a incerteza em contar com um local dedicado/estruturado para abrigar os foliões e a provável desistência de vários deles em vir ao município.
Dentre outros motivos apresentados ao TCE e ao MPJ, a Prefeitura de Poço Branco alegou que havia realizado todas as ações necessárias ao combate à seca; que o Carnaval local é gerador de divisas e impactos positivos na economia; que a folia não compromete as finanças municipais e que, sobretudo, a maioria de sua população habita o meio urbano (53%) e que nem toda área rural (47%) passa por falta de água constante.
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Prefeitura de Macau fará coletiva de lançamento do Carnaval 2013 |
Com todos os estragos que a seca vem deixando em toda região, há vários anos, os municípios de Guamaré (com 64% de sua população habitando a zona rural), Touros (75%) e Bento Fernandes (60%) também deverão cancelar seus carnavais realizados à custa de dinheiro público. Assim como estes municípios, o vizinho município de Taipu também sofre com a seca, da mesma forma que Poço Branco, mas não se encontra em Estado de Calamidade mesmo tendo 65% de sua população habitando a zona rural.
“É como acreditar que, ultimamente, tem chovido em Taipu e em Poço Branco não; ou que as medidas contra a seca foram mais eficazes no município vizinho do que aqui. Sinceramente, é difícil entender essa medida do governo do Estado”, destacou ao Blog o cidadão poço-branquense Antônio Marcos do Nascimento (29).
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