13 de ago. de 2011

POLÍTICA

SOBRE A PESQUISA

Se as pesquisas eleitorais fossem encomendadas por pessoas isentas e totalmente desligadas do meio político era mais fácil de acreditar totalmente em sua veracidade. Mas esta situação dificilmente vai acontecer, pois, seja qual for o resultado, sempre haverá margem para especulações. As pesquisas são importantes e modernos instrumentos de marketing político, embora sua intenção maior seja influenciar a decisão do eleitorado indeciso e/ou arrebatar o voto dos que pretendem votar nulo, branco ou até mesmo se abster da votação.

Quem encomenda uma pesquisa eleitoral sempre deseja obter os resultados esperados e, quando eles não aparecem, a pesquisa raramente é divulgada ao público – ficam apenas para consumo interno. As pesquisas pré-eleitorais se resumem a seguinte frase: “quem está na dianteira, acredita totalmente na pesquisa; quem não, acha que é tudo uma estratégia”. Esta é uma analogia geral sobre levantamentos estatísticos de eleições. Mesmo assim não se pode dizer que esta seja uma regra aplicada a todas as situações – é claro.

No caso da pesquisa eleitoral divulgada recentemente em Poço Branco, pelo Blog “Os Bastidores da Política – por Leonardo de Souza”, a sensação inicial foi uma mistura de naturalidade e de surpresa quanto aos números apresentados, considerando que ainda resta quase um ano para a eleição começar. No entanto, após algumas análises foi normal que surgissem algumas indagações sobre a pesquisa.

Repercutiu mal a não divulgação do nome da empresa que realizou o levantamento; não ocorreu um detalhamento sobre o método e o espaço amostral utilizados; a distribuição das entrevistas não foi feita de forma proporcional ao número de eleitores aptos a votar (na sede e nos distritos) e também não foram divulgados os números da pesquisa espontânea (muito importante neste momento). Estas ausências não querem dizer que a pesquisa seja falsa, mas, diante de tais ausências, é natural que haja alguma dúvida quanto a aplicação prática da pesquisa no meio político local.

Se olharmos para a campanha de 2008, perceberemos que ela foi marcada por muitos acontecimentos. Um deles foi a ausência de um debate público entre os dois candidatos, mas quase toda semana aparecia alguém mostrando uma pesquisa que garantia a vitória de seu candidato. Pelo que se viu naquele ano, a grande maioria dos números apresentados dava larga vantagem e uma forte tendência pela vitória da oposição - o que, nas urnas, não foi confirmado. Na eleição proporcional, por exemplo, alguns candidatos foram surpreendidos porque apareciam bem nas pesquisas e não foram eleitos; enquanto que outros, não foram bem nas análises estatísticas, porém, foram eleitos ou chegaram muito próximo.

Outro bom exemplo de que, politicamente, ainda não há motivos para “soltar foguetões” ou para “dar um tiro no próprio pé”, por causa do resultado de uma pesquisa tão distante da eleição, é o ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Nas três oportunidades em que foi derrotado nas urnas, Lula vencia todas as pesquisas pré-eleição. Nas duas eleições seguintes, em que foi eleito, Lula tinha altos índices de popularidade, mas algumas pesquisas (antes das eleições) mostravam que o presidente poderia ser derrotado - e não foi.

Portanto, já é possível prever que a eleição de 2012 será bastante disputada e que os dois candidatos naturais já devem ter percebido que “detalhes” novamente serão decisivos – detalhes estes que pesquisas não conseguem prever. Até o dia 7 de outubro de 2012 haverá muitas disputas, divulgação de outras pesquisas, adesões, rompimentos e tudo mais que margeia uma eleição municipal. Como política e eleição, assim como pesquisas eleitorais, não são ciências exatas, o momento favorável de hoje pode se tornar desfavorável amanhã e vice-versa. Ou não.

ENQUETE DO BLOG


Durante 30 dias, os internautas do Blog de Poço Branco opinaram sobre a política local. O assunto levado aos leitores foi em relação aos possíveis candidatos naturais a vice-prefeito da cidade. Os resultados foram os seguintes:

1º) Em sua opinião, qual seria o(a) melhor candidato(a) a vice-prefeito(a) numa chapa com Maurício Menezes?

Fernando Cândido - 10,44%
João Cruz - 4,09%
Nilse Cavalcante - 15,09%
Percivaldo Junior - 39,63%
Roberto Lucas - 30,75%

Total: 709 respostas

2º) Em sua opinião, qual seria o(a) melhor candidato(a) a vice-prefeito(a) numa chapa com Waldemar de Góis?

Fernando Cândido - 24,21%
João Cruz - 31,60%
Nilse Cavalcante - 12,11%
Percivaldo Junior - 17,61%
Roberto Lucas - 14,47%

Total: 636 respostas

Caro leitor: deixe sua opinião sobre os números acima.

3 comentários:

gustavo disse...

Pra mim Roberto Luca tem mas lideramça que Percivaldo, e o q eu acho.

Oscar disse...

Acho tambeim qui roberto é o melhor nome para apoiar mauricio

mariazinha disse...

Mariazinha disse...
Não confio em nem um politico,por que rem por rem, continuio com o nequinho.