14 de jan. de 2011

OPINIÃO É ASSIM...


POLÍTICA LOCAL

O ano começou e a tentativa de “antecipar” as próximas eleições continua sendo a estratégia mais comum entre alguns políticos e lideranças locais, especialmente entre os que se dizem oposicionistas. Não é uma questão de querer desrespeitar a lei eleitoral. É uma tentativa de manter viva a esperança de chegar ao poder, seja cativando bases eleitorais, criando factóides, denunciando e criticando supostos deslizes da administração municipal e, é claro, fechando os olhos e ouvidos para o que se faz de benéfico.

Esta estratégia é antiga e sempre terá seus apreciadores porque é um caminho fácil, prático e menos oneroso (inclusive financeiramente) para se manter vivo dentro de um cenário político. O chamado ‘discurso da discórdia‘ (o da oposição) é tão antigo quanto as Pirâmides do Egito e, muitas vezes, provou que pode gerar um efeito político eleitoral devastador. Para este mal há quem acredite num remédio infalível: o combate na mesma intensidade e moeda. Mas será que existe alguma garantia da eficácia deste remédio?

O ano começou mostrando algumas lideranças locais instaladas, provisoriamente, no litoral do estado. Estão povoando as praias e ‘curtindo’ o sol e o mar do RN. Comenta-se que, literalmente, transferiram o QG político de Poço Branco para casas (próprias, cedidas ou alugadas) nestes locais e, de lá, enviam ordens, barganham cargos, fazem determinações e pedidos, além de receberem amigos, familiares, partidários, correligionários, simpatizantes, etc. O ‘veraneio’ também não deixa de ser, entre muitas coisas, uma forma de se distanciar do stress diário, do ‘pede-pede’, dos rumores e dos falatórios mais do que comuns a quem convive no meio político.

Um meio em que é fácil constatar o quanto ‘as mágoas e os descontentamentos’ sempre têm lugar de destaque. São sentimentos que, aliados a outros, sempre foram e serão determinantes nas composições - antes e depois de qualquer eleição. Entretanto, também é fato que nenhum destes sentimentos jamais desbancará os acordos financeiros, as acomodações e as benesses como moeda de troca principal nos acordos políticos. Esta tríade é, disparada, a forma mais convidativa para a maioria das lideranças políticas. E o pior: ela parece cada vez mais interessante aos olhos de que mais deveria desaprová-la: o eleitor comum. Desta forma, parece prematuro ‘cantar vitória antes do tempo’.

Em Poço Branco, por enquanto, apenas os primeiros artifícios políticos estão em uso: “só existe um time em campo”. À exceção dos medalhões políticos (uns cinco ou seis), a maioria das lideranças ainda se encontra inerte. Ninguém, exceto os declarados ou mais afoitos, arrisca-se a fazer alguma ‘premonição’ do que poderá acontecer até a chegada de 2012. Talvez porque ainda não tenham sido cortejados por postulantes ao cargo de prefeito; talvez porque lembrem de que nada é tão lógico e definitivo em política; talvez porque saibam que a única certeza é que a vontade do povo prevalecerá e que esta é impossível de antecipar com absoluta precisão; ou talvez porque...

Em verdade, a grande massa eleitoral do município ainda não se deixou envolver por este processo. A esta altura dos acontecimentos, a política não é um assunto bem aceito em todos os setores sociais, mas, aos poucos, será natural que as pessoas aceitem o tema com mais empolgação. Por enquanto, apenas quem está direta ou indiretamente ligado a grupos políticos aceita, comenta e se empolga.

Está claro que fazer política é possível em qualquer dia e lugar, mas eleições só acontecem a cada dois ou quatro anos (e não há como fugir desta regra). Dessa forma, parece ser imaturo, desnecessário e até muito arriscado tentar antecipar o resultado de uma eleição que somente começará quatro ou cinco meses antes de outubro/2012. Antes disso, não é mais um jargão: “ainda é muito cedo”. Por enquanto, só é possível usar uma Bola de Cristal para fazer previsões ou dar palpites. Então que fique, nas partes, as lições de um passado recente.

Opinião é assim: cada um tem a sua.

2 comentários:

Neidde Cruz disse...

Targino, li atentamente a matéria sobre o "Burro". Sabe, eu tenho um carinho grande por esse animal. Na nossa fazenda tenho um que o tratamos muito bem. Em nossos animais é proibido bater e se vejo alguem estranho fazendo isso, automaticamente me vem uma ira, que sai de perto que irao escutar. Neidde Cruz.

Cristiano Bezerra disse...

Parabens daniel pela forma como vc fala de politica, sem agredir nimguem e dizendo a logica e a verdade. sincermaente acho que vc esta se perdendo aí em poço branco, porqie vc é um jornalista de mao cheia, parabems di novo..