15 de mai. de 2013

COTIDIANO

ENTREVISTA

Conforme anunciado em 29 de março passado, o Blog de Poço Branco passa a exibir uma rápida impressão da peça teatral “A Paixão de Cristo”, sob a ótica do seu primeiro protagonista: o professor José Cassimiro Felipe.

A PAIXÃO DE CRISTO

A primeira coisa que posso dizer sobre a Paixão de Cristo é que Poço Branco peca muito por não valorizar a sua cultura e que isso tem e terá muitas consequências. Agora, reservo-me ao direito de não polemizar sobre o assunto... No mais, tenho a dizer que o Grupo Teatral Águia (GTA) foi criado a partir de iniciativas de um antigo grupo de jovens de Poço Branco muito presente na vida cultural, religiosa e social da cidade.

A ideia veio através da iniciativa da Irmã Ondina Gonzatto (in memoriam) que articulou a criação de um grupo específico daqueles jovens para atuar em peças teatrais, com destaque para as peças religiosas. Eu, que fazia parte do grupo de jovens, fui convidado a participar desse desafio, pois tinha alguns atributos que chamavam a atenção para a Paixão de Cristo: era magro, tinha cabelos longos e uma barba que começava a surgir.

Entrada de Jesus em Jerusalém (foto: José Cassimiro)
No princípio, tive muito medo e não aceitei de imediato. Era um jovem muito tímido e isso poderia me atrapalhar bastante. Mas, com o decorrer do tempo, fui participando mais efetivamente dos encontros com jovens de outros municípios, os chamados “zonais”. Com isso, fui perdendo o medo e me sentindo mais seguro – inclusive para falar em público.

Lembro que, ao participar do III Zonal, ocorrido em São Gonçalo do Amarante, conclui o relatório final do encontro e ouvi a seguinte frase da saudosa Irmã Ondina: “Você está pronto. Vamos fazer um ensaio ainda hoje?”. E então não tive mais como recusar. Foi assim que comecei a representar o maior homem que o mundo já viu: Jesus Cristo.

Cassimiro (Jesus) e Quinho Freitas (soldado romano) - encenação nos anos 80
No primeiro ano, de uma série de catorze, confesso que, ao entrar naquela quadra de esportes, adaptada para a apresentação, o sangue me fugia das veias. Na versão inicial da peça não existia a “entrada triunfal em Jerusalém”, não tendo a participação do tradicional jumento. Eu entrava a pé, a frente dos demais atores que passavam por mim e se sentavam para ouvir um dos mais belos ensinamentos da humanidade: “as bem aventuranças”.

Nos primeiros anos, esses momentos iniciais sempre me faziam fugir as palavras do texto. Ao levantar o rosto e ver aquela multidão nas arquibancadas da quadra, fazia uma prece emergencial ao Senhor Jesus Cristo e acredito que ele sempre me socorreu. Ao pronunciar a primeira palavra, o medo sumia e o texto fluía em sua plenitude.

Nessa época, a apresentação era realizada num só dia - a sexta-feira santa. Após a minha primeira apresentação, a Irmã Ondina, muito entusiasmada com os resultados, convocou uma reunião de avaliação entre os membros participantes. E nos dias seguintes, o assunto na cidade era o sucesso da Paixão de Cristo.

CHUVAS

A terça-feira (14) trouxe muita chuva nas regiões Litorânea, Agreste e Mato Grande. Nas últimas 24 horas, as maiores chuvas se concentraram no litoral norte do Estado, especialmente na altura do município de Touros - onde o índice pluviométrico registrado pela Emparn foi superior a 30 mm.

Imagem de satélite - Emparn
Em João Câmara, a Emparn registrou pouco mais de 15 mm de chuvas de ontem para hoje. Já em Poço Branco, onde não há estação medidora oficial, a leitura do satélite mostrou chuvas de intensidade em torno de 10 mm. O final da tarde chegou mais cedo, assim como a noite, e a cidade de Poço Branco escureceu mais cedo que o normal. A iluminação pública da cidade foi acionada e as pessoas, sem outra opção, combateram o frio ficando mais tempo dentro de casa.

Segundo o site Climatempo, a previsão para o município de Poço Branco é de tempo nublado até o domingo (19), com chuvas a qualquer hora – especialmente à noite/madrugada.

2 comentários:

Anônimo disse...

Boa reportagem. Ondina é minha querida amiga.

Ir. ondina disse...

Interessante lembrar o passado. A reportagem do José C. Felipe sobre o Grupo Teatral Águia me oportunizou um olhar sobre Poço Branco onde exerci meu ministério pastoral durante quase 4 anos. Parabens pelo aniversário de emancipação!
Sou a Ir. Ondina Gonzatto. Moro em S.Paulo e continuo atuando intensamente!