INTERNET WI-FI GRÁTIS
A possibilidade de
Poço Branco contar com pontos de acesso a internet sem fio, as chamadas redes Wi-Fi,
poderá se tornar realidade mais cedo do que se imagina. A ideia e o projeto estão
amadurecendo na mente de três idealizadores que, em conversa com o Blog, preferiram
o anonimato para evitar possíveis constrangimentos e comprometimentos antecipados.
Eles garantem que, principalmente por causa do acesso cada vez maior por
celular, tablet, Smartphone e dispositivos portáteis de uma forma geral, o
Wi-Fi será a alternativa mais viável e sensata para o futuro – ainda mais sendo totalmente gratuito.
Recentes pesquisas mercadológicas mostram que
o tradicional PC (residencial) está em baixa e que o público virtual estar adotando os dispositivos portáteis como opção de trabalho, lazer, estudo, etc. Elas
também revelaram que o padrão Wi-Fi é essencial para o crescimento de acessos,
pois qualquer dispositivo habilitado
pode funcionar em qualquer lugar do mundo. Porém, e para variar, no
Brasil a legislação ainda exige uma licença da ANT para operar este
sistema comercialmente, mas esta é uma realidade que deve cair por terra em
pouco tempo - até por força impositiva do próprio mercado.
Atualmente, vários
locais públicos (como clínicas, aeroportos, lojas, supermercados, restaurantes,
hotéis, escolas, faculdades, etc.) estão aderindo ao Wi-Fi como opção de acesso
para seus clientes e usuários. Primeiro, pela praticidade; depois, pela própria exigência de quem utiliza a internet constantemente. Outra prova do sucesso do Wi-Fi é que algumas operadoras de telefonia móvel estão investindo pesado visando ampliar
seus ganhos empresariais futuros.
Em Poço Branco, o conceito de uma rede Wi-Fi inicial é modesto. A intenção
dos idealizadores é tentar formar parcerias entre os setores público e privado
como fomentadores naturais do projeto, o que trará resultados e ganhos para as duas partes. A
força da internet como ferramenta de venda, inclusão, informação, propaganda, interação, lazer
e até na política foi muito menosprezada no passado (numa época em que ninguém acreditava
que tantos poço-branquenses pudessem acessar a internet de casa ou de
um dispositivo portátil). Mas essa realidade mudou bastante nos últimos sete anos,
por exemplo...
”Poço Branco ainda
está longe de ser um município 100% incluído digitalmente, sabendo que a
maioria de sua população não tem acesso à internet e os que possuem reclamam bastante
da lentidão e da falta de constância de seus provedores... Hoje, não é fácil estimar quantas pessoas em Poço Branco estão conectadas a rede mundial de computadores. O que podemos garantir é que esse número aumentará bastante tendo um sistema Wi-Fi bem projetado, em dois ou três pontos da
cidade”, garante um dos idealizadores.
Outro pensador da
ideia analisa que, atualmente, falar em uma rede sem fio para toda a cidade ou o
município é uma grande heresia e hipocrisia. “O custo para colocar uma intenção
dessas em prática, e mantê-la funcionando, é tão alto que nem daria nem pra arriscar uma estimativa agora. Mas
a criação de pontos Wi-Fi específicos é perfeitamente possível, tanto que estamos
tomando as medidas necessárias para que ninguém copie nossa ideia e saia
na frente... Tudo está sendo pensado e analisado da melhor forma para dar certo”,
ponderou outro idealizador.
Que bom seria...
Que bom seria...
WI-FI DE ABRANGÊNCIA MUNICIPAL
No início dos anos
2000, muitas cidades ao redor do mundo anunciaram planos para construir redes Wi-Fi com total abrangência em
seus territórios. Surgiram muitos exemplos de sucesso e também outros tantos de frustração... Em
2004, Mysore tornou-se a primeira cidade com Wi-Fi disponível da Índia e a segunda do mundo, depois de
Jerusalém (Israel). Em 2005, Sunnyvale, na Califórnia (EUA), tornou-se a primeira cidade
americana a oferecer acesso Wi-Fi gratuito
a toda cidade. Já em maio de 2010, a capital da Inglaterra (Londres) iniciou o
processo de levar banda larga Wi-Fi a
toda cidade e concluiu essa distribuição no início do corrente ano.
Até o final de 2015, a capital da Coréia do Sul (Seul) contará com acesso
gratuito à internet em mais de dez mil pontos da cidade, incluindo espaços públicos,
ruas principais e áreas residenciais densamente povoadas. Lá, três empresas (KT,
LG Telecom e SK Telecom) investirão 44 milhões de dólares no projeto. E New York (EUA) já distribui gratuitamente o sinal Wi-Fi para grande
parte da cidade, assim como em outras grandes e médias cidades do mundo.
No Brasil, segundo recente estudo do IBGE, somente 13%
das cidades oferece aos seus habitantes pontos com Wi-Fi de graça, num total de
744 municípios. Mas os exemplos que, efetivamente,
deram certo são poucos e esse acesso é
normalmente limitado a parques, praças e regiões centrais. Grande parte dessas cidades
só possui o Wi-Fi em alguns bairros, isolando outras regiões dos municípios – geralmente
os maiores bolsões de pobreza.
Em quase todas as regiões em que o Wi-Fi
é fornecido, ele possui o sinal blindado por questões de segurança, já que muitas
prefeituras e empresas parceiras temem responder na justiça pelo uso
ilícito da rede que algumas pessoas possam fazer. Para utilizar o Wi-Fi nessas cidades, quase
sempre é necessário fazer um cadastro no momento dos acessos – o que quase não ocorre
no exterior, mas no Brasil é preciso.
No RN, o número de municípios que aderiram a algum
programa de inclusão digital é grande (90%). Contudo, os que implantaram redes Wi-Fi gratuitas
é pequeno. Há notícias de que, além da capital, apenas algumas cidades
disponibilizaram o serviço: Parnamirim, Riacho da Cruz, Olho D’água dos Borges e, mais recentemente, o
município de José da Penha - que implantará o programa com acesso Wi-Fi grátis nas principais praças da cidade.
Que bom seria...
Um comentário:
Em poço branco duvido muito. Galdino.
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