NOVAS ENQUETES
Amparado no que preceitua a Resolução nº 23.364, do TSE, o Blog de Poço Branco inicia a série de enquetes sobre as Eleições 2012. Neste primeiro momento, ainda aguardando a homologação oficial das candidaturas, o Blog pergunta a seus leitores:
Enquete 1: Se a Eleição fosse hoje, o(a) senhor(a) já teria um candidato a prefeito?
Enquete 2: Se a Eleição fosse hoje, o(a) senhor(a) já teria um candidato a vereador?
As enquetes estão disponíveis na barra à direita e ficarão no ar por de 30 dias. Participe!
DE VOLTA ÀS MANCHETES
O ex-prefeito de Poço Branco, João Maria de Gois, voltou às manchetes do noticiário escrito e televisivo do Estado na última semana. Quando foi tema do Jornal Tribuna do Norte e do RN TV (1ª edição), o ex-prefeito mais uma vez foi o alvo do Ministério Público Federal do RN (MPF-RN). E justamente num momento de afirmação política da pré-candidatura de seu filho, Waldemar de Góis, a prefeitura de Poço Branco.
O nome do ex-prefeito aparece, numa pesquisa simples ao banco de dados do MPF-RN, em 57 processos. Em trinta desses, o nome do ex-prefeito está relacionado ao período em que esteve à frente da Prefeitura Municipal de Poço Branco e os demais dizem respeito, provavelmente, ao período em que João Maria exercia atividades empresariais.
Na vasta lista de acusações contra o ex-prefeito figuram várias ações civis e penais de improbidade administrativa e crimes de corrupção, má-gestão (crimes praticados por prefeitos), de responsabilidade e violação de princípios administrativos, contra a Lei das licitações e contra a fé pública e a ordem tributária. O ex-prefeito também é acusado de cometer crimes relacionados a execuções fiscais (dívida ativa), de falsidade ideológica, infrações administrativas em prestação de contas, peculato (crime praticado por funcionário público), danos ao erário, enriquecimento ilícito, estelionato majorado (crime contra o patrimônio), dentre outros.
Apesar de uma “ficha suja” tão extensa, o ex-prefeito, que recentemente foi a uma rádio pedir desculpas à população de Poço Branco pelos erros administrativos cometidos no passado, incrivelmente continua forte e sendo o grande mentor do grupo oposicionista. Rejeitado em vários setores da população, e popular em outros, o ex-prefeito continua dando as cartas na oposição e, ao que tudo indica, deverá ter o mesmo papel numa possível administração Waldemar de Góis - mesmo que apenas nos bastidores.
Ainda utilizando métodos políticos considerados ultrapassados, João Maria de Góis continua gozando de um prestígio que muitos políticos, em sua posição, não teriam. A maioria não conseguiria acesso aos gabinetes de deputados que o ex-prefeito facilmente tem e nem a vereador se elegeria. Apesar do desgaste que possui e de ter o seu nome amplamente ligado ao tema “impunidade”, o ex-prefeito também tem os seus méritos. Tanto que a intenção da oposição em pregar que João Maria será apenas um coadjuvante nessa Eleição não convence: ela sabe que “ruim com ele, pior sem ele”. E tem mais: se existir a intenção de manter o ex-prefeito embaixo dos palanques, a oposição estará cometendo um grave erro... Ou não?
TRADIÇÃO
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VII Seresta da Família - foto do Blog do Coração de Jesus |
Entre tantas outras, a Seresta da Família, evento do atual calendário católico de Poço Branco, vem ganhando força e reconhecimento nestes seus sete anos de existência. O acontecimento tem atraído muitos católicos às dependências do Ginásio Caxiadão e tem sido visto como um resgate da tradição de fé do povo de Poço Branco. Desde quando era apenas um pequeno povoado até se tornar uma cidade emancipada, o povo católico de Poço Branco tem mantido vivas algumas de suas tradições – apesar da maioria delas ter sido deixada de lado com o passar do tempo.
Em entrevista ao Blog do Coração de Jesus, o poço-branquense, Zé Caxiado, afirmou que as tradições católicas do antigo povoado eram vividas com mais intensidade e maior participação da população. Tudo acontecia no interior e nos arredores da Capela do Coração de Jesus (foto acima), em Poço Branco Velho, envolvendo todas as famílias e durante vários dias. Segundo Caxiado, a capela foi construída no início do século XX e foi o espaço da comunidade católica até que as águas da barragem inundassem todo o povoado.
A CASA
É muito provável que parte dos leitores desse Blog considere esse assunto sem qualquer vínculo com o município de Poço Branco e acabem dando pouco crédito e valor ao tema. Não importa, pois a Casa do Estudante se confunde com muitas trajetórias de sucesso e frustração profissional de inúmeros estudantes do RN, e de Poço Branco também. São quatro em funcionamento no RN, sendo a masculina de Natal a mais conhecida - e também a que mais precisa de socorro.
As sérias dificuldades para sobreviver na Casa do Estudante de Natal não são novidade. Há muitos anos, sobreviver na Casa é uma tarefa apenas para abnegados ou para quem não dispõe de outra opção. Ainda assim, é impossível contabilizar quantos jovens já deixaram suas cidades para tentar uma vida mais digna e quantos deles atingiram ou não o seu objetivo final. Quase sempre é normal que, depois de alcançar o feito, a grande maioria não retorne a Casa para ensejar, ao menos, algum agradecimento ou reverência a instituição.
Num lugar aonde viveram vários dos atuais cientistas, engenheiros, professores, advogados, bancários, dentistas, contadores, médicos, economistas, funcionários públicos, químicos, etc., é de se estranhar que poucos destes tenham ajudado a Casa nestes vários anos de dificuldades. É de se estranhar que, mesmo depois de tanto sofrimento e abandono vividos, quase não exista mobilizações de ex-estudantes no intuito de ajudar a Casa do Estudante de Natal.
Problemas que nunca encontram uma solução definitiva e até denúncias de desvios de recursos, por parte da direção da Casa, continuam povoando a instituição construída em 1856 e que já abrigou um Hospital e um Quartel da Polícia Militar. Banheiros inservíveis, instalações hidráulicas comprometidas e cupins consumindo a estrutura de madeira são apenas alguns dos piores problemas vividos pela Casa.
Mesmo estando localizada no centro da cidade, a Casa do Estudante deixou de ser uma opção para o aluno carente que vem do interior do Estado. Se há alguns anos era normal abrigar 800 estudantes, hoje esse número não passa de 150 e a tendência é diminuir muito mais. O presidente da Casa, Luiz Paulo, afirmou a jornal da capital que já se cansou de correr atrás do poder público, de ouvir promessas e que cada vez menos municípios ajudam seus estudantes. Em sua opinião, uma saída para melhorar a Casa seria constituir um fundo para pedir ajuda financeira a ex-estudantes que já moraram na Casa.
Pela unidade masculina muitos poço-branquenses já passaram, mas, atualmente, não existe registro de algum conterrâneo. Isso se deve a proximidade de Poço Branco com a capital e, depois, devido aos diversos programas de inclusão educacional surgidos nos últimos anos no país, o que tem facilitado o acesso ao ensino superior sem precisar de grandes deslocamentos ou investimentos financeiros.