Imprimir folhetos, distribuir santinhos e pichar o número dos candidatos nos muros das cidades são ações que, a cada eleição, estão se tornando ultrapassadas – muito embora ainda possuam seu valor. Nos últimos anos, com a profissionalização das campanhas eleitorais, o chamado marketing político se tornou ferramenta indispensável para o planejamento e execução de uma empreitada política de sucesso. Seja para ressaltar o trabalho que está sendo feito, para contrapô-lo ou ainda para se mostrar como alternativa, não há mais como desprezar o poder das mídias digitais (redes sociais).
Hoje, quem pretende disputar um cargo no executivo ou legislativo municipal já percebeu o quanto a internet pode ser benéfica na transmissão instantânea de propostas, intenções e opiniões sobre os mais diversos assuntos da vida de um municipio – seja ele de pequeno, médio ou grande porte. Um grande exemplo foram as Eleições de 2010, em que os principais candidatos criaram sites ou blogs próprios em que se veiculavam propostas, agendas, fotos e encontros políticos em cada cidade ou região percorrida. Ainda hoje muitos políticos mantiveram o contato virtual com o eleitorado através da grande rede.
Outros atrativos das chamadas mídias digitais são o seu baixo custo (em comparação com TV, rádio e jornais) e a febre de costumes que elas criaram nas mais diferentes faixas etárias da população. Em pesquisas e documentários apresentados pela comunidade cientifíca e estudiosos do assunto, já foi provado que a palavra “internet” se tornou sinônimo de “mania, hábito ou costume” para muitas pessoas.
Conforme também já foi comprovado, a internet ainda não atingiu seu ápice de freqüentadores, mas já se tem notícia que ela tenha chegado a lugares nunca antes imaginados – como favelas, florestas, assentamentos, aldeias e outros. É, definitivamente, uma ferramentta “quase sem fronteiras”, não fosse o alto custo dos sinais telefônicos que garantem o acesso a grande rede.
Desta forma, antigos conceitos de se fazer política baseada apenas no “carisma” de um candidato já caiu por terra. É preciso massificar a imagem do postulante de forma constante, sempre explorando suas potencialidades, mas sem nunca desprezar outros conceitos como marcas, jingles musicais e imagens. O uso de recursos estatísticos e a criação de núcleos de comunicação e planejamento são “a bola da vez” nas ditas campanhas políticas modernas.
Um dos grandes exemplos da força da informação foram as vitórias do produtor rural Blairo Maggi, candidato ao governo do Mato Grosso. Antes das Eleições de 2002, Blairo era conhecido por apenas 6% da população matogrossense, mas conseguiu derrotar o ex-deputado Dante de Oliveira, um importante e conhecido político do país, ainda no 1º turno daquela eleição. Contando com grandes investimentos, inclusive um reconhecido trabalho de marketing eleitoral, Blairo Maggi conseguiu ainda ser reeleito em 2006 com a terceira maior votação do Brasil.
Atualmente, enquanto alguns políticos tradicionais estão se degladiando a procura de apoios (o que pode aumentar os custos de sua campanha política) outros estão investindo em marqueteiros, agências de propaganda e conhecedores do assunto. A intenção maior de uma campanha política (a vitória) pode até não ocorrer, mas o marketing político raramenente falha na criação de um “nome político”, identificado e reconhecido por sua população. É algo que somente investimentos financeiros jamais conseguirão criar.
O chamado marketing político parte, com antecedência, rumo ao trabalho de preparação da imagem do candidato perante sua população, deixando aos profissionais a tarefa de “preparar o sonho, as fotos, as imagens e os planos de campanha que se espera alcançar durante o processo eleitoral”.
Nesta verdadeira “corrida” é impossível desprezar o papel das mídias digitais (redes sociais), pois elas proporcionam uma divulgação rápida e para um grande número de pessoas ao mesmo tempo. Um candidato que não considere o marketing político possuirá uma campanha de maiores custos, com mais problemas e egos a acalmar. Dentro de cada realidade, nenhum candidato poderá desconsiderar totalmente o uso de meios digitais como a TV, o rádio e, sobretudo, a internet. O resto é com a vontade da maioria do povo.